Este blog está relacionado aos diversos projetos centrados na diversidade e pluralidade étnico-racial que desenvolvemos, sempre de forma coletiva e colaborativa, nas instituições educacionais e educativas onde atuamos como EDUCADOR, seja como professor, coordenador de núcleo educacional, assistente de diretor de escola ou diretor de escola.

Pois, consideramos de extrema importância, desde o início e durante todo o processo educacional, a proposição acerca da questão da IDENTIDADE, pois penso que o país e a sociedade, como um todo, só tem a ganhar com pessoas conscientes e bem resolvidas nesse contexto.

Acredito que esta FERRAMENTA, com os seus conteúdos e informações (textos, imagens, atividades entre outros), nos possibilitará acessar informações relativas ao que há de africano no Brasil, assim como referente ao continente africano, tão vasto e múltiplo, que pouco conhecemos aqui no Brasil.

Nos possibilitará também, valorizarmos a diversidade étnico-cultural, étnico-racial, a partir do debate, reflexão e estímulo a valores e comportamentos éticos como o amor, a amizade, o respeito, a solidariedade e a justiça, de forma que a todo o momento possamos nos posicionar contra qualquer forma de intolerância, e especificamente nos colocando contra todo o tipo de discriminação racial e a favor de práticas antirracistas.

08 março 2011

O CASO DO EX-DITADOR EGÍPCIO HOSNI MUBARACK (por Thomas Stélandre)

Para compreender a atual revolução egípcia é preciso voltar quase 30 anos no tempo, mais especificamente a 6 de outubro de 1981. Naquele dia, Anuar Sadat, então presidente do país, foi assassinado por um comando da jihad islâmica durante uma parada militar no Cairo. Os extremistas se opunham às negociações entre Egito e Israel, iniciadas por Sadat. Uma fatwa(determinação legal que alguma figura religiosa emite com base na lei islâmica), então, foi lançada pelo imã Omar Abdel-Rahman, aprovando o assassinato do governante egípcio. Detalhe: muitos anos depois, os Estados Unidos acusariam Abdel-Rahman de participar do planejamento dos atentados contra o World Trade Center, em 1993.

Com a morte de Sadat, eleições foram organizadas às pressas e o general Hosni Mubarak, vice-presidente da república no momento do atentado, saiu vitorioso das urnas. Militar de formação e herói da guerra de 1973 contra Israel, ele impôs ao país um regime autoritário, sustentado por um exército rico e poderoso. Em seguida, foi reeleito quatro vezes, em 1987, 1993, 1999 e 2005. A transparência de cada um desses pleitos, nos quais mais de 80% dos egípcios votaram, foi muito questionada pela comunidade internacional.

Ao longo das últimas três décadas, a presidência de Mubarak foi marcada pela falta de democracia, pela corrupção, pela brutalidade policial e, sobretudo, por um estado de exceção instaurado por Sadat em 1967 e nunca suspenso desde então. A medida permite a Mubarak censurar jornais de acordo com a sua vontade e prender por tempo indeterminado toda pessoa que “represente uma ameaça à ordem pública”. Além disso, organizações de direitos humanos denunciam que o governo mandou para a prisão, e, em alguns casos, torturou, a maior parte dos opositores do regime.

É por tudo isso que o povo egípcio tentou durante muitos dias, mas conseguiu depor o governo de Mubarak.

Fonte: Revista História Viva {edição 88 - Fevereiro 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

iDcionário Aulete

A principal função da educação é seu caráter libertador.

Educar não é repassar informações, mas criar um patrimônio pessoal.